A comissão do Tribunal de Contas do Paraná , responsável por fiscalizar as obras da Copa 2014, apresentou um relatório que aponta uma diferença de mais de R$ 6 milhões entre o gasto anunciado pela Prefeitura de Curitiba e o custo real nas obras do Viaduto Estaiado, na Avenida das Torres, em Curitiba.
De acordo com o relatório, a prefeitura não conseguiu comprovar o gasto de R$ 6,7 milhões na construção do viaduto, cujas obras iniciaram em junho de 2012. Foram repassados R$ 85 milhões por recursos do PAC da Copa (Mobilidade Urbana), do Governo Federal, à prefeitura da cidade.
Segundo os 18 membros da comissão do tribunal, há indício de irregularidades, principalmente, nos cálculos de custo de mão de obra e materiais. A recomendação da comissão é de que a obra seja paralisada imediatamente até as irregularidades serem resolvidas.
O relatório foi concluído em novembro de 2012 e agora está com o conselheiro do Tribunal de Contas, Durval Amaral. Ele irá dar um parecer positivo ou negativo sobre a suspensão das obras.
Depois da decisão de Amaral, o processo irá seguir para votação no tribunal e, assim, chegar a uma decisão final. O prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, o presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC), Clever Almeida, e o secretário municipal de obras, Mário Tokkuni, devem ser ouvidos.
O prefeito eleito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), disse que não tem intenção de embargar a obra, porém irá discutir os valores e cumprir decisão do tribunal. “Vou pedir este parecer, vou aguardar também a decisão do tribunal mas, imediatamente, dar transparência com audiência pública e uma comissão envolvendo a sociedade para saber se esses valores são viáveis, são reais, e se isso tem impacto com a qualidade da obra”, afirmou.
Em nota de esclarecimento, a prefeitura informou que “cumpre todos os princípios constitucionais e toda a legislação pertinente, inexistindo sobrepreço na obra do viaduto estaiado”. Ainda conforme a nota, o relatório é um documento com questionamentos dos funcionários do Tribunal de Contas, que serão esclarecidos pela prefeitura.
Fonte: G1